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Nenhuma empresa vive de likes e ninguém é sustentável sozinho!

 

Com isto quero dizer algumas coisas. Uma delas é que sem pessoas que comprem nossos produtos não podemos ser sustentáveis, pois, a sustentabilidade tem 3 pilares e um deles é o econômico. Aqui no Rancho trabalham 5 pessoas que são a Gabriela, o Cassiano, a Jéssica, a Claudia e eu, Keli. Com o que fazemos aqui todos os dias sustentamos nossas famílias ou mantemos o nosso projeto de produção limpa, boa e justa. Recebemos muitos elogios e este fato nos mantem muito feliz porque o reconhecimento ao nosso trabalho nos faz ser melhor, além que alimenta nossa alma com carinho. No entanto é o valor monetário que você paga pelos alimentos que faz a roda produtiva girar. E nós somos imensamente agradecidos a todos que acreditam neste projeto. Seria inviável sem o apoio de todos.  

Segundo sustentabilidade também é ambiental. O Canela do Mato não pode sozinho atender todas as demandas de sustentabilidade ambiental. Aqui nós cuidamos da água, da terra, dos animais e das plantas com um olhar na próxima geração. Quero que meus sobrinhos recebam esta terra melhor que eu recebi. Quero que meus sobrinhos brinquem aqui sem se contaminar, sem que meu trabalho atual destrua as possibilidades que eles terão no futuro. Reciclo lixo, e limpo o caminho para minha casa sempre que posso. Diminui meu consumo de embalagens e fico triste porque estamos entregando nossos produtos em sacolas de plástico. No entanto os consumidores do Canela do Mato também precisam fazer isto junto conosco. Por isto é que recebemos aqui os cartões, as caixas de ovos, as garrafas, os potes de vidros de geleia as bolsas plásticas. E por isso que incentivamos o uso de bolsa reciclável. 

Terceiro ponto sustentabilidade também é social. Aqui fazemos um esforço por manter caraterísticas produtivas locais. Com conhecimentos de pessoas que vivem aqui.  A cultura alimentar desta fronteira tem um enfoque forte em carne e farinhas. Eu sou daqui e também sou assim. Mas também temos legumes e verduras bons e saudáveis que precisamos inserir neste hábito alimentar. Alimentos que possuem história e atravessam gerações de mulheres e homens que cozinhavam com o que a natureza oferecia na estação. Também mantemos o respeito e a dignidade com nossos colaboradores. Muito embora a fronteira tenha uma cultura de changa, nós optamos por ter funcionários regulados pelas leis trabalhistas e que tenham respeitados seus direitos trabalhistas.  Nos envolvemos com as escolas, com os estudantes, com os professores, pois sabemos que eles são o futuro melhor que desejamos. 

Ou seja, sozinhos não somos nada. Sustentabilidade não é um prato é um menu completo. Todos devemos atuar juntos para avançarmos um pouquinho nesta geração. Tem muito a ser feito e de diferentes formas. Não estamos fazendo mais que nossa obrigação, mas não por obrigação pois se assim fosse, muitos deveriam também assim proceder. Fazemos, pois, acreditamos neste caminho. E caminhamos juntos com todos os que de algum modo apoiam o projeto do Rancho Canela do Mato.

Obrigada, de todos os corações que habitam este pedaço de terra. 

O Empório Canela do Mato não tem cliente

Na semana que passou foi comemorado o dia do cliente. E eu até fui sorteada com um presente de uma loja que eu fui apenas naquele dia buscar um produto único.

Vi outros lojas fazendo promoções de dia do cliente. Como vocês já me conhecem comecei a pensar sobre este tema.

Ai vai meus pontos sobro o tema.

• Cliente” vem do Latim CLIENS, “protegido de um patrono”. Durante a República romana, as pessoas (geralmente ricos empobrecidos ou estrangeiros conquistados) se colocavam sob a proteção de outra mais poderosa. Quando esta saía à rua, o fazia cercada por um bando de CLIENTES, que muitas vezes estavam apenas atrás de um pouco de comida.

• Ou seja, ao contrário dos escravos, eram pessoas livres, no entanto ligadas aos seus patronos e dependentes deles.

• O termo cliente permite fazer alusão à pessoa que tem acesso a um produto ou serviço mediante pagamento. A noção tende a ser associada a quem recorrer ao produto ou serviço em questão com assiduidade, ainda que também existam os clientes ocasionais (ou pontuais).

• Dependendo do contexto, a palavra cliente pode ser usada como sinônimo de comprador (a pessoa que compra o produto), utilizador (a pessoa que utiliza o serviço) ou consumidor (quem consome um produto ou serviço).

• Há um certo equívoco quanto a definição de cliente e de consumidor, onde muitos creem se tratarem de sinônimos.

• Enquanto um consumidor é aquele que adquire um bem ou serviço de determina empresa, um cliente é aquele que cria vínculo com essa empresa, ou seja, além dele adquirir um serviço ou produto dessa marca, ele ainda retorna para comprar dela novamente.

 

Nós aqui no Rancho Canela do Mato não temos clientes. Nos identificamos com a designação que o Slow Food utiliza: Co-Produtor O Slow Food promove uma nova abordagem ao consumo alimentar, baseada no conhecimento dos produtos, das técnicas de produção, dos produtores. Para salientar que o consumidor pode estimular alterações determinantes no setor agroalimentar.

Co-produtor é uma palavra que significa uma pessoa que mantém um relacionamento estreito com os agricultores, os pescadores, e criadores, os produtores de vinho ou queijo de quem não apenas compra, mas a quem pede informações e conselhos para poder reconhecer diferenças qualitativas e alimentar-se de forma mais saudável, saborosa e responsável. Graças as pessoas atentas e informadas, aos co-produtores, o agricultor está mais motivado a trabalhar com técnicas tradicionais que garantem a biodiversidade dos produtos e a sua qualidade.

Carlos Petrini, um dos fundadodres do movimento Sloe Food, acredita que para garantir alimentos bons, limpos e justos, o consumidor deve começar a se sentir co-produtor. O tempo do consumidor terminou: ele literalmente consome o mundo e é figura chave da sociedade baseada na economia de merca

Curso de PANC em 2019 e os co-produtores do Canela do Mato

do resultando, para sua infelicidade, em ser o cúmplice principal do massacre que a terra esta sofrendo. Educando-nos, conhecendo os produtos, os próprios produtores, as técnicas para alimentar-se melhor e poluir menos, o co-produtor, inserido em sua comunidade, torna-se concretamente e individualmente o motor de uma verdadeira mudança.

O poder que o consumidor possui simplesmente pelo fato de escolher diariamente o próprio alimento e inacreditável: exercitá-lo com consciência e responsabilidade é um dever,um ato de civilidade, em relação a si próprios, às próprias famílias, às próprias comunidades e aos próprios povos.

Cebola e tomate o ano todo! Será?

Você sabe porque o Empório não tem cebola, nem tomate?

Por que não é época destes alimentos serem colhidos. Considerando que aqui no Rancho Canela do Mato escolhemos plantar produtos da estação e portanto temos uma lógica diferente daquela que os supermercados e feiras na cidade oferecem.

Escolhemos trabalhar com a natureza a favor, juntos.

Sendo assim nossa escolha estratégica de cultivos não é dominar o clima, ou o solo, ou as sementes. Para tanto devemos nos organizar para semear, plantar e colher conforme nossas estações, solo e clima.  Está bem, neste momento vocês devem estar pensando :Que clima? Que estação?

Está bem ! Também é verdade que aqui nesta cidade temos todos as estações em um dia as vezes. Por isso tem dias que nossas alfaces no lugar de desenvolver as folhas desenvolvem flores, e tem dias que o brócolis não tem flores, e tem dias que a rúcula não cresce de jeito nenhum.

Bem seguindo a conversa sobre os tomates e as cebolas. As cebolas plantamos entre abril e julho. Elas ficam 6 meses na suas covinhas crescendo. Ai sim colhemos e teremos cebolas frescas por uns dois meses, aí termina. Já é o terceiro ano que estamos plantando cebola. Na primeira vez plantamos umas 20 mudinhas, foi o Eduardo que fez, em um cantinho da horta. Deu super bem. Ai no outro ano nos empolgamos e o Cassiano plantou uma bom pedaço de terra com cebolas! Não foi uma colheita muito boa em termos de quantidade e tivemos uma perda, por que erramos ao cuidar das mudinhas.

E a safra 2020?
Cebolas junto ao pomar de frutas

Bem este ano já com os novos aprendizados plantamos para fazer a terceira tentativa. Estamos controlando o solo, o manejo das plantinhas invasoras, a preparação do solo, a irrigação, as doenças que atacam a folhas entre outra atividades. Isto tudo já leva 4 meses. Estamos esperando uma boa colheita.

Quando colhemos deixamos elas secarem no sol, por isso temos que planejar também o dia da colheita para que tenhamos uma quantidade natural de luz e calor que nos ajude a secar e manter as cebolas mais saborosas e com boa qualidade por mais tempo. Com certeza vamos mostrando para vocês o passo a passo.

Mudanças de hábitos e alternativas

Sabemos que fomos acostumados a ter cebola todos os dias para cozinhar, mas eu garanto a vocês que ela não faz falta na cozinha quando não é época. Nós aqui usamos cebola na cozinha quando é época – principalmente fresca na salada – e eventualmente nas outras épocas quando um receita pede. Mas no resto do ano usamos: cebola em conserva (em pasta ou com vinagre) que fazemos com as cebolas que são consideradas fora de padrão em relação a tamanho e forma. Depois, quando termina nossas conservas, usamos alho em folha, cebolinha, manjericão, alecrim, orégano, salsa, sálvia, tomilho, coentro, pimenta.

Em relação só tomate é a mesma lógica, que posso contar mais em um outro encontro. E é por isto que não temos cebola nem tomate todo o ano. Experimenta outros temperos quem sabe? Se tiver dívidas me escreve e trocamos umas receitinhas.

Beijocas,

Keli.

Nuvem de Gafanhoto

Há duas semanas quando estava perto da fronteira a nuvem de gafanhotos lancei umas perguntas para nossos clientes sobre está invasão não muito agradável. Recebi a resposta de 24 pessoas. Quero agradecer por ter compartilhado o seu sentimento sobre este tema. Logo também quero dizer que fiquei serenada porque a maioria das repostas foram de acordo ao que o Rancho Canela do Mato pensa sobre os procedimentos de cuidar do meio ambiente. Também foi possível aprender com algumas repostas, ou foi possível lembrar que existem opiniões diversas das nossas, assim como existem pessoas que além de comprar os alimentos que produzimos se sentem profundamente ligadas ao projeto ao ponto de expressar suas preocupações com as situações aqui no campo. Finalmente, está busca de opinião, se deu dentro da semana que se comemora o dia do agricultor e tenho uma opinião sistêmica desta comemoração que vou compartilhar aqui neste texto.

Algumas possibilidades

Apresentamos uma mini enquete com cinco questões. A primeira indicava algumas possibilidades de ações caso chegasse até nós alguma das nuvens de gafanhotos que rondam nossa região.

Assim como a pergunta, as respostas não exigiam nenhum conhecimento profundo de biologia ou agronomia ou qualquer conhecimento cientifico muito específico. Nossa intenção, como descrito no texto inicial da enquete, é compartilhar preocupações com todos os envolvidos neste projeto, ou seja produtores e consumidores.

No gráfico, surgem os números que representam as opções escolhidas. Percebesse que “usar técnicas alternativas …” foi o item com maior escolha, seguido por “usar inseticidas biológicos … ”

Ao olhar este dois pontos posso entender que de acordo ao que é praticado no Rancho Canela do Mato, uma parte importante das resposta estão de acordo com nossa filosofia de cuidar do meio ambiente.  O projeto Rancho Canela do Mato surgiu da ideia de ter um espaço rural onde se pudesse praticar a agricultura de forma sustentável, dentro do conceitos de respeito ao meio ambiente, de preocupação com as pessoas que trabalham aqui, e que todos estes elementos pudessem ser compatíveis com a geração de atividades econômicas sustentáveis para o projeto. Assim como estas terras possam ser herdadas por nossos sobrinhos com o selo de respeito a natureza.

Quando uma praga como as dos gafanhotos, muito embora não seja a única, ameaça o Rancho, o cérebro agroecológico, começa a pensar em todos os itens envolvidos em qualquer ação que se possa escolher. Não é uma escolha somente econômica. Muito embora sabemos que ao ser atacado por estes bichinhos, nossos pomares seriam afetados drasticamente não só este ano, mas com possibilidade de ficarem improdutivos por dois a três anos ou perder árvores já produtivas. Sem contar que na horta, muito possivelmente se perderia grande maioria de nossas culturas.

Mas o que mais preocupa em relação as ações tomadas para combater este pequenos animais, é o efeito que qualquer produto usado teria na contaminação de nossos pomares e hortas. Estamos a 10 anos trabalhando para limpar a propriedade de qualquer produto que foi usado aqui no passado e trabalhando sem uso de produtos que envenenam o ambiente nas novas culturas. Imagina só ter que voltar a está prática por um ataque inesperado de gafanhotos?

Ainda lembro que no ano de 2017 estávamos muito preocupados com um vizinho que colocava veneno para os bichinhos que atacavam as videiras da  propriedade lindeira  a nossa. Novamente, imagina colocar nas nossas culturas. Tal ação é tão fora de realidade do Rancho Canela do Mato, que fico paralisada com a opção eminente deste ataque.

Nossa relação de ganhos econômicos está estritamente ligado aos benefícios que qualquer atividade realizada aqui provoque na natureza. O ataque de uma praga na produção fará com que ocorra a escolha entre o perder produção e perder a confiança que todos os consumidores do Rancho Canela do Mato depositam em nosso trabalho.

Seria este o caso de escolher o mal menor?

O mal menor para mim é bem difícil de aceitar.  A seguir uma divagação sobre o tema:

Tem dois campos de aplicação: o genérico, da prática, e o específico, da ética da decisão. Num primeiro sentido (amplo), o princípio do mal menor significa que, prevendo males inevitáveis, é preferível permitir o menor, escolhendo-o para evitar o mal maior. Num segundo sentido (mais restrito), o princípio do mal menor significa que, quando todas ou cada uma das possíveis decisões a serem tomadas são, realmente negativas e não existe alternativa para tomar uma decisão, é preciso optar pela menos negativa. (… fonte… algum lugar na web)

Sou pragmática mas nem tanto a ponto de dizer que escolhi veneno a perder toda a lavoura. Meu pragmatismo seria mais do tipo não escolhi veneno e agora terei que trabalhar mais para recuperar o perdido, pois escolhi minha convicção ecológica. Escolhi a coerência como guia. E ser coerente me ajuda a seguir um caminho dentro de um sistema complexo e dinâmico como é o trabalho com a natureza.

Nem sempre escolho o ecologicamente correto. Eu mato mosquito com aerossol comprado no supermercado. Eu combato formiga que destrói os canteiros de brócolis com granulado.

De forma geral sou bastante ecológica reciclo lixo, reciclo roupas, consumo de forma parcimoniosa qualquer bem que necessite.

Voluntários para combater os gafanhotos.

O mais prazeroso foi ver este gráfico. Quando a pergunta foi se receberíamos ajuda para pelejar contra os insetos, a respostas foram animadoras. Sei que os que responderam não, tem motivos fóbicos por isto não são voluntários, mas a grande maioria é parceira para o enfrentamento. Isto é muito importante, mas muito mais importante.

Acredito que a agricultura não é um ato solitário. Quando falo em co – produção de alimentos, falo de escolhas que como consumidores fazemos ao comprar um alimento, falo em ações de reciclagem para melhorar a natureza, falo em ombro a ombro para manter o sistema agroecológico. Sozinhos não somos ninguém, muito menos na agricultura.

É neste contexto que me refiro ao dia do agricultor. Agricultura é uma atividade social, entre muitos. Ela existe pois como ser humano menos nômades, mais sociais, precisamos dela. A Agricultura que eu falo é diferente de agronegócio. Ela tem relação com a cultura em funcionamento na produção e comercialização de alimentos. Ela se refere a uma rede onde se interrelacionam pessoas, alimentos, meio ambiente, economia, prazer, saber fazer. Ela se relaciona com os dias frios aqui onde está o Rancho Canela do Mato, ou com o verão seco, ou com a terra arenosa, ou com o conhecimento de agronomia para esta terra e não outra distante de mim ou de quem consome.

Sendo assim o dia do agricultor para mim não é o meu dia, ou dia do Cassiano, ou da Gabriela, ou do Eduardo. O dia do agricultor é o dia de todos aqueles que percebem na agricultura um ato de amor a vida. E como tal buscam se aproximar desta realidade de diferentes formas.

Finalmente, … ou não!

Não quero que os gafanhotos venham até aqui, pois é provável que vou tentar enfrentar  eles cara a cara. Com os pés, com uma raquete de matar mosquito, com fumaça.

Não quero enfrentar eles. Por enquanto espero que os hermanos e a própria natureza me ajude a desviar esta ameaça. Por enquanto espero ter tempo para poder aprender melhor o que fazer. Por enquanto conto com a ajuda daqueles que me escreveram na enquete suas dúvidas e anseios, que são muito parecidos com os meus. Por enquanto não sei muito bem o que fazer. Sei o que não fazer: usar veneno nas plantas que tanto cuido, na terra que muito respeito, mas pessoas que aprendi a respeitar.

O pior,  hoje –  3 de agosto de 2020 – está quente de novo…

Keli Pereira de Oliveira

 

 

 

 

 

 

 

3 Árvores da Sustentabilidade

Ontem, dia 21 de maio 2019, ultrapassamos mais uma barreira do Empório Canela do Mato. A barreira do número de entregas em um dia de feira virtual. Claro que além de feliz sempre ficamos apreensivos como será a qualidade da entrega.  No entanto por aqui, também, acreditamos que o universo conspira para que o bem prevaleça.

Para este mesmo dia recebemos a solicitação de visita de uma aluna de agronomia da UERGS de Livramento, para seu estagio de vivência aqui na propriedade. Normalmente este dia de entregas não é o melhor dia para ter uma pessoa de fora do processo, mas eu nem pensei nisto quando ela me consultou sobre a sua visita um dia antes.

E como tudo conspira para o bem… a presença dela foi muito boa. Ela encheu o dia, que estava cinza, de alegria. Ajudou a montar as cestas, a carregar as hortaliças, a entregar de casa em casa.

No entanto este post é para compartilhar uma parte da nossa conversa sobre agroecologia e sustentabilidade. Enquanto eu fazia pão conversamos sobre o nascimento da agroecologia e seus preceitos.

Na nossa conversa surgiu os três pilares da sustentabilidade: o social, o econômico e o ambiental e a visão sistémica da produção agrícola. Sobre visão sistémica, em  Epistemologia Sistêmica você pode conhecer minha opinião, é um capitulo da na minha tese de doutorado. Lá pela pagina 111 faço uma análise da importância de mudança da episteme atual para uma em que se possa a prender a fazer relações do como se aprende e para que serve o que aprendemos, desde uma visão sistémica.

Sobre os pilares da sustentabilidade, comentamos, eu e minha amiga estagiária, sobre algumas variáveis importantes a se considerar, como derivadas das combinações entre os 3 arvores mães da sustentabilidade.

 

floresta da sustentabilidade
3 árvores

Muitas vezes estes outros temas, são tratados por separado (visão linear), no entanto eles são combinações dos conceitos teóricos vividos no dia a dia das práticas sustentáveis. Algumas destas variáveis se tornaram, um campo de estudo e debates tão importantes, que por si só quase se bastam. Outras ainda são árvores pequenas nos debates sustentáveis. No entanto todas são raízes emanadas das raízes de uma floresta da sustentabilidade.

Na floresta da sustentabilidade entre a árvore do económico e a árvore do ambiental surgem árvores como a ecoeficiência, vigorosos arbustos como o da economia e contabilidade ambiental, ou como o preço reflexo e a reforma tributária ecológica.

 

Entre as árvores do social e do ambiental, surgem árvores como a educação e treinamento ambiental. Assim como recentemente surgiu o desafiador arbusto da justiça ambiental para os refugiados ambientais e ainda uma árvorezinha chamada equidade inter gerações. O Turismo sustentável é brote antigo e árvore frondosa, filha destas arvores mães.

Entre as árvores do económico e do social brotaram as árvores dos impactos sociais do investimento, arvores da ética empresarial, assim como o comercio justo, os direitos humanos e das minorias e o capitalismo dos stakeholders ou participativo.

Para aprofundar mais sobre este tema bom seguir lendo o livro do Canibalismo de Garfo e Faca do John Elkigton.

Vou escrever outros textos sobre cada um dos itens anteriores.

Finalmente minha intenção  é   agradecer imensamente pela companhia simpática e inteligente da Liliane Furtado. Sempre saio mais evoluída de nossas conversas. Gosto muito. Volta sempre e estamos te esperando para os outros estágios de vivência, não só para você , mas com certeza para todos aqui no Rancho Canela do Mato.

Beijos.

 

Keli

 

P.S.: este post foi escrito em um dia de outono de chuva opulenta, de temperatura húmida e quase fria, com uma trilha sonora chamada Towards Freedom do Promid e Aozora do Lunar Motion.

Produtores que apoiam nosso projeto com seus produtos – 1

Tirando os ovos e o mel, todos os produtos de origem animal, vendido no Empório, não são produzidos no Rancho Canela do Mato.

Nós somos agrovegatarianos. ©®

Em setembro de 2018 depois de algumas tentativas de criar diferentes animais, aprendemos que não somos capazes de ter animais na propriedade e trata-los como a idéia que logo mais serão entregues para uma cadeia de distribuição perversa economicamente e socialmente. E, quando eles estavam aqui conosco, devido a nossa filosofia de bom trato a “todos”, não conseguimos cria-los sem ser afetados pelo seu bem estar presente e futuro. Somos agrovegatarianos. ©®

No entanto reconhecemos o bom trabalho de produtores vizinhos que trabalham com produtos de origem  animal.

Foi assim que  nos aproximamos de outros produtores que já tinham reconhecimento junto a comunidade e nos propomos a distribuir seus  produtos para aumentar as possibilidades dos consumidores do Empório. E a nossa também pois somos consumidores destes produtos.

A primeira que aceitou nossa idéia foi a Liliane Braz. Ela é a pessoa que produz os iogurtes, o queijo colonial e o queijo muçarela, que você pode encontrar no aplicativo.

Ele é nossa vizinha aqui na  Vigia. Sua família possui um tambo de leite e ela empreendeu ao criar uma agroindustria para transformar o leite nas saborosas receitas que consumimos.

Liliane, Nicole e Gilson

A Liliane tem uma filha chamada Nicole que é muito amorosa. Tem um mãe que é muito companheira dela nas feiras da cidade. E o Gilson,  seu esposo, que sempre apoia nossa logística de entregas dos produtos.

Liliane muito obrigada por compartilhar conosco teus produtos e teu carinho.